Ao deitar-se
Reflita sobre o seu dia e entregue nas mãos de Xangô e Ogum todos os seus atos.
Lembre-se que o primeiro passo para nos curarmos de uma doença é assumindo que estamos doentes.
Da mesma forma para nos lapidarmos de nossos erros é reconhecendo que os temos
A voz de nossa consciência é a manifestação de Deus dentro de nós
Agora nego velho diz: Se meus filhos não se lembram nem mais da hora em que foram deitar, pai velho faz um lembrete:
"Nossos tesouros se encontram, onde se encontra nosso coração"
Vai dos meus filhos refletirem...
Ore, fale com Deus
Ao menos meus filhos, 03 vezes ao dia falem diretamente com Deus
Oração não é um conjunto de palavras decoradas
Orar, é expressar o que levamos dentro do coração
Aprenda não só a pedir, mas também a agradecer
Lembre-se que muitas vezes somos traídos pela emoção
A razão é irmã do bom senso
Deus não é o causador de seu sofrimento, VOCÊ é o único responsável por ele
Tenha fé
Acredite meus filhos, nenhum dia é igual ao outro
Não fomos criados para sofrer, mas sim para sermos vencedores
Você é o único responsável para mudar sua vida
E se meus filhos não se mexerem, outro não poderá tomar a rédea de sua responsabilidade
Pai Antonio das Almas
( recebido por Pai Géro )
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PAI ANTÔNIO DAS ALMAS
PAI ANTONIO DAS ALMAS II
AO ACORDAR
Eleve o seu pensamento a Deus, lembrando que o fato de abrir os olhos e enxergar já é uma bênção divina.
Não mentalize os problemas que você meu filho ou minha filha já sabem que tem, mas sim, vejam com o raiar de um novo dia a oportunidade que necessitam para soluciona-lo dentro do exercício da fé.
Não atribua a Deus a responsabilidade pelos erros que você mesmo cometeu.
DURANTE O DIA
Atravessar um dia é o mesmo que entrarmos em um mar de vibrações, onde os sentimentos criam ondas energéticas de ódio, amor, tristeza, vingança, luxúria etc... E vocês meus filhos andam no meio destas ondas. Vale neste momento nos lembrarmos das palavras de PAULO DE TARSO o apóstolo dos GENTIOS " TUDO ME SERÁ LICITO, PORÉM NEM TUDO ME CONVÉM"
Mantenha o seu padrão vibratório ligado a pensamentos elevados, a propósitos nobres.
Sempre vale lembrar que ao vibrarmos qualquer sentimento para nosso semelhante, nos envolvemos primeiramente nele.
NAS FESTIVIDADES DE ANO
Filhos JESUS nasceu em uma manjedoura, desprovido de qualquer luxo, sob o silêncio da noite!
Na noite em que o mundo comemora o nascimento de Cristo, muitos estão com seus mentais entorpecidos pelo álcool ou exigindo ao máximo o desempenho de seu aparelho digestivo, muitas vezes esquecendo-se do verdadeiro fundamento do Natal que significa nascimento.
Filhos meus, pai velho nas faz apologia as festividades, desde que sejam sadias!
Mas o excesso em qualquer situação deve ser subistituido pelo bom senso.
Pense também como vocês meus filhos desejam entrar o ano, sóbrios ou nem mais sabendo em que planeta vivem.
Lembrem-se que o final é de um ciclo correspondente a um ano e não de uma vida inteira
Pai velho deseja com estes pequenos conselhos meu filhos, não esfriar a festa de cada um, mas lembrar que ainda alguns filhos associam ALEGRIA com LIBERTINAGEM e quando as coisas a nossa volta perdem o controle os danos podem ser imensos.
Lembrem-se O ANO PASSA, HAVERÁ OUTROS NATAIS, mas SUA VIDA E ÚNICA, ao menos no corpo físico!
ALEGRIA COM RESPONSABILIDADE
FESTEJAR, MAS NUNCA ESQUECENDO-SE DO BOM SENSO
PAI ANTONIO DAS ALMAS
Recebido por Pai Géro
Eleve o seu pensamento a Deus, lembrando que o fato de abrir os olhos e enxergar já é uma bênção divina.
Não mentalize os problemas que você meu filho ou minha filha já sabem que tem, mas sim, vejam com o raiar de um novo dia a oportunidade que necessitam para soluciona-lo dentro do exercício da fé.
Não atribua a Deus a responsabilidade pelos erros que você mesmo cometeu.
DURANTE O DIA
Atravessar um dia é o mesmo que entrarmos em um mar de vibrações, onde os sentimentos criam ondas energéticas de ódio, amor, tristeza, vingança, luxúria etc... E vocês meus filhos andam no meio destas ondas. Vale neste momento nos lembrarmos das palavras de PAULO DE TARSO o apóstolo dos GENTIOS " TUDO ME SERÁ LICITO, PORÉM NEM TUDO ME CONVÉM"
Mantenha o seu padrão vibratório ligado a pensamentos elevados, a propósitos nobres.
Sempre vale lembrar que ao vibrarmos qualquer sentimento para nosso semelhante, nos envolvemos primeiramente nele.
NAS FESTIVIDADES DE ANO
Filhos JESUS nasceu em uma manjedoura, desprovido de qualquer luxo, sob o silêncio da noite!
Na noite em que o mundo comemora o nascimento de Cristo, muitos estão com seus mentais entorpecidos pelo álcool ou exigindo ao máximo o desempenho de seu aparelho digestivo, muitas vezes esquecendo-se do verdadeiro fundamento do Natal que significa nascimento.
Filhos meus, pai velho nas faz apologia as festividades, desde que sejam sadias!
Mas o excesso em qualquer situação deve ser subistituido pelo bom senso.
Pense também como vocês meus filhos desejam entrar o ano, sóbrios ou nem mais sabendo em que planeta vivem.
Lembrem-se que o final é de um ciclo correspondente a um ano e não de uma vida inteira
Pai velho deseja com estes pequenos conselhos meu filhos, não esfriar a festa de cada um, mas lembrar que ainda alguns filhos associam ALEGRIA com LIBERTINAGEM e quando as coisas a nossa volta perdem o controle os danos podem ser imensos.
Lembrem-se O ANO PASSA, HAVERÁ OUTROS NATAIS, mas SUA VIDA E ÚNICA, ao menos no corpo físico!
ALEGRIA COM RESPONSABILIDADE
FESTEJAR, MAS NUNCA ESQUECENDO-SE DO BOM SENSO
PAI ANTONIO DAS ALMAS
Recebido por Pai Géro
PAI FIRMINO DO CONGO
MIRONGA DE PRETO VELHO!
Minha filha tem muita mironga ainda a ser feita por este nego velho! E quando digo velho não me refiro à idade no corpo físico que indica a senilidade, mas me refiro à caminhada evolutiva, pois o Espírito em si não tem idade, não tem sexo e nem cor racial, embora, a sua aura demonstre o quanto já caminhou.
Muitos filhos podem inté perguntar: mas Pai Firmino com tanta modernidade e avanços tecnológicos o senhor ainda acha que mironga funciona? O homem moderno é muito prático e não tem tempo pra essas coisas de mironga não! E aí nego velho vai dizer prá suncês: é uma pena que os fios não tenham tempo para entender e sentir a mironga que esse nego fala.
A mironga que me refiro é aquela nascida de um coração que aprendeu na dor, a não desfazer da lei do amor!
A mironga que falo é aquela que esclarece o filho de fé na hora do falador a não contrair mais débito com a Lei de Zambi!
A mironga que tento ensinar aos filhos de fé é aquela que tem por aliada no serviço de Nosso Senhor Jesus Cristo a humildade!
A mironga de nego velho é tentar dizer aos filhos que é melhor o entendimento do silêncio do que palavras ditas intempestivamente!
A mironga de preto velho é observar mais para saber agir evitando assim danos e sofrimentos alheios!
E suncês meus fios que estão nessa escola bendita com a professora mediunidade como é que estão fazendo a lição?
Quando estão na Terra os filhos só olham os fatos com a visão do agora, o que é um grande erro, pois esquecem que para o Espírito o ontem, o hoje e o amanhã sempre são vistos como momento presente.
Então meus fios aproveitem a oportunidade e ajudem aos negos velhos a fazerem suas mirongas: mirongas de paz, harmonia e de retirada dos quebrantos filhos do egoísmo, do ódio e da indiferença.
Naruê meu Pai!
Patacori Ogum!
Ogunhê!
Pai Firmino do Congo
Mensagem psicografada em 20/08/2006,
médium Mãe Luzia Nascimento,
Minha filha tem muita mironga ainda a ser feita por este nego velho! E quando digo velho não me refiro à idade no corpo físico que indica a senilidade, mas me refiro à caminhada evolutiva, pois o Espírito em si não tem idade, não tem sexo e nem cor racial, embora, a sua aura demonstre o quanto já caminhou.
Muitos filhos podem inté perguntar: mas Pai Firmino com tanta modernidade e avanços tecnológicos o senhor ainda acha que mironga funciona? O homem moderno é muito prático e não tem tempo pra essas coisas de mironga não! E aí nego velho vai dizer prá suncês: é uma pena que os fios não tenham tempo para entender e sentir a mironga que esse nego fala.
A mironga que me refiro é aquela nascida de um coração que aprendeu na dor, a não desfazer da lei do amor!
A mironga que falo é aquela que esclarece o filho de fé na hora do falador a não contrair mais débito com a Lei de Zambi!
A mironga que tento ensinar aos filhos de fé é aquela que tem por aliada no serviço de Nosso Senhor Jesus Cristo a humildade!
A mironga de nego velho é tentar dizer aos filhos que é melhor o entendimento do silêncio do que palavras ditas intempestivamente!
A mironga de preto velho é observar mais para saber agir evitando assim danos e sofrimentos alheios!
E suncês meus fios que estão nessa escola bendita com a professora mediunidade como é que estão fazendo a lição?
Quando estão na Terra os filhos só olham os fatos com a visão do agora, o que é um grande erro, pois esquecem que para o Espírito o ontem, o hoje e o amanhã sempre são vistos como momento presente.
Então meus fios aproveitem a oportunidade e ajudem aos negos velhos a fazerem suas mirongas: mirongas de paz, harmonia e de retirada dos quebrantos filhos do egoísmo, do ódio e da indiferença.
Naruê meu Pai!
Patacori Ogum!
Ogunhê!
Pai Firmino do Congo
Mensagem psicografada em 20/08/2006,
médium Mãe Luzia Nascimento,
VOVÓ CATARINA DE ANGOLA
Uma ferida na alma
Uma lacuna aberta na alma é como um precipício te leva a uma queda muito perigosa, a sua alma cai em tormento que pareci não ter fim, a sua volta há um vazio, embaixo o perigo e o medo do desconhecido por não saber o que á abaixo.
Assim é a alma ferida sensível dolorida e ainda corre o risco da ferida se alastrar e tomar conta de toda a sua alma, aí sim você é uma pessoa amarga, triste acha que falar da sua vida é um grande tormento você só fala na sua dor,suas tristezas; Acha que você é a única pessoa do mundo a sofrer,que engano!
Como você a tantos nesse mundo que suas almas estão totalmente tomadas pela ferida e outros que estão com uma ferida pequena e precisando de cuidado para não se alastrar.
Se está no precipício olhe para cima alguém esta com as mãos estendidas para você, irá te ajudar este alguém é DEUS (OXALÁ) ele cura a tuas feridas não importa de que tamanho ela seja,á ele importa que o ser humano venha até ele para que possa te dar nova oportunidade de vida e verás que esta lacuna que foi abeta em sua alma serviu para encontrar o caminho que te leva até o seu criador, no abismo mais profundo lembre-se á alguém lá em cima esperando para te dar as mãos.
O grito e o Silêncio
O silêncio nos diz tantas coisas, o grito quase nada. Comecei a pensar no silêncio são tantas perguntas e tantas respostas ou talvez nenhuma. Vamos falar do mestre Jesus, um homem que podia gritar aos quatros cantos deste mundo que era poderoso, magnífico, mas se reservava em gesto e poucas palavras, suas palavras eram de fé e alegria, jamais gritava, só falava o necessário e novamente o silêncio.
Certa vez aprendi que Jesus sofreu além do que eu imaginava foram dias e dias, noites e noites em silêncio, e me perguntava por que alguém com tanto poder se calava, por que sofreu e não reclamou; Por que na cruz enquanto todos gritavam e falavam, o Senhor estava em silêncio, por que não gritou Jesus, por que não gritou!
Novamente o silêncio. Comecei a pensar então, será que o silêncio é mais forte do que o grito? Será que nossas orações e preces têm sido feitas de uma maneira certa, serão que temos orado ou feito nossas preces aos gritos enquanto devíamos estar em silêncio? Então uma resposta em minha alma, pra que ouça um grito é preciso estar em silêncio, o silêncio é realmente mais forte que o grito, para que se ouça o barulho e ele apareça é preciso haver silêncio, Silêncio para que sua alma possa
ouvir o que diz Deus ao seu Coração!
Palavras de Vovó Catarina de Angola
Escrito pelo médium: Natália Bianchini
Uma lacuna aberta na alma é como um precipício te leva a uma queda muito perigosa, a sua alma cai em tormento que pareci não ter fim, a sua volta há um vazio, embaixo o perigo e o medo do desconhecido por não saber o que á abaixo.
Assim é a alma ferida sensível dolorida e ainda corre o risco da ferida se alastrar e tomar conta de toda a sua alma, aí sim você é uma pessoa amarga, triste acha que falar da sua vida é um grande tormento você só fala na sua dor,suas tristezas; Acha que você é a única pessoa do mundo a sofrer,que engano!
Como você a tantos nesse mundo que suas almas estão totalmente tomadas pela ferida e outros que estão com uma ferida pequena e precisando de cuidado para não se alastrar.
Se está no precipício olhe para cima alguém esta com as mãos estendidas para você, irá te ajudar este alguém é DEUS (OXALÁ) ele cura a tuas feridas não importa de que tamanho ela seja,á ele importa que o ser humano venha até ele para que possa te dar nova oportunidade de vida e verás que esta lacuna que foi abeta em sua alma serviu para encontrar o caminho que te leva até o seu criador, no abismo mais profundo lembre-se á alguém lá em cima esperando para te dar as mãos.
O grito e o Silêncio
O silêncio nos diz tantas coisas, o grito quase nada. Comecei a pensar no silêncio são tantas perguntas e tantas respostas ou talvez nenhuma. Vamos falar do mestre Jesus, um homem que podia gritar aos quatros cantos deste mundo que era poderoso, magnífico, mas se reservava em gesto e poucas palavras, suas palavras eram de fé e alegria, jamais gritava, só falava o necessário e novamente o silêncio.
Certa vez aprendi que Jesus sofreu além do que eu imaginava foram dias e dias, noites e noites em silêncio, e me perguntava por que alguém com tanto poder se calava, por que sofreu e não reclamou; Por que na cruz enquanto todos gritavam e falavam, o Senhor estava em silêncio, por que não gritou Jesus, por que não gritou!
Novamente o silêncio. Comecei a pensar então, será que o silêncio é mais forte do que o grito? Será que nossas orações e preces têm sido feitas de uma maneira certa, serão que temos orado ou feito nossas preces aos gritos enquanto devíamos estar em silêncio? Então uma resposta em minha alma, pra que ouça um grito é preciso estar em silêncio, o silêncio é realmente mais forte que o grito, para que se ouça o barulho e ele apareça é preciso haver silêncio, Silêncio para que sua alma possa
ouvir o que diz Deus ao seu Coração!
Palavras de Vovó Catarina de Angola
Escrito pelo médium: Natália Bianchini
GIRA DE PRETO VELHO
Firma o ponto minha gente
Preto Velho vai chegar
Ele vem de Aruanda
Ele vem prá trabalhar...
Era dia de "gira de preto velho" naquele terreiro. Enquanto os consulentes chegavam ansiosos e esperançosos em levar de volta a "solução" daqueles problemas que atrapalhavam suas vidas, na frente do congá os médiuns vestidos de branco e de pés descalços concentravam, ligando-se aos seus protetores e guias.
O ambiente denotava simplicidade e era mobiliado apenas por algumas cadeiras para acomodar os consulentes, poucas banquetas para os médiuns que serviriam de "aparelhos" às entidades espirituais e o congá onde um vaso de flores, outro de ervas e os elementos ar, fogo, água e terra se faziam presentes. Acima, uma imagem de Jesus resplandecente de luz.
Iniciando-se a sessão através de pontos cantados e orações, após uma leitura espiritualista elucidativa, iniciavam-se as incorporações de maneira moderada. Do lado astral, as falanges de trabalhadores já haviam chegado muito tempo antes dos médiuns e ali já haviam preparado o ambiente fluidicamente. Uma varreduda energética havia sido feito pelos elementais onde primeiramente atuaram as salamandras e após as sereias e ondinas, fazendo com que toda a matéria astralina densa que ali se encontrava, fosse transmutada permitindo a chegada dos espíritos trabalhadores.
Na porta do ambiente, junto à firmação de ponto riscado e da presença do elemento fogo, postava-se o guardião da Casa, Exu Gira Mundo, impondo respeito e segurança. Num raio de 360º ao redor da construção, uma guarnição dos caboclos na egrégora de Ogum formavam verdadeira muralha armada, impedindo a invasão de seres indesejáveis ao bom andamento do trabalho da noite. A construção toda estava no interior de grande pirâmide iluminada na cor violeta, com grande e grossa placa de aço imantado na parte inferior impedindo que o excesso de energia telúrica desequilibrasse a polaridade positiva que era captada pelos sete anéis giratórios que ladeavam a pirâmide, representando as Sete Linhas de Umbanda. Cada um desses anéis destacam-se na cor fluídica de seu Orixá e emitiam um harmonioso som diferenciado.
Cada um dos consulentes que adentrava ao ambiente passava agora primeiro pela defumação que queimava junto à porta, em cumbuca de barro, exalando o cheiro das ervas perfumadas sendo incineradas pelo carvão vegetal. Equipes de limpeza se movimentavam no lado espiritual, recolhendo as larvas astrais e outras espécies de energias deletéreas que ali eram desagregadas dos corpos dos consulentes, as quais não eram totalmente absorvidas pelo carvão ou transmutadas pelo elemento fogo.
Em alvíssimas vestes, os amados Pais e Mães, na sua roupagem fluídica de Pretos velhos, trazendo a alegria estampada em sua energia, tomavam conta de seus "aparelhos" médiuns, atuando no chacra básico dos mesmos, obrigando-os a dobrar as suas costas à semelhança de velhos arqueados, incentivando-os ao trabalho fraterno.
E assim, de consulente em consulente, de caso em caso, com a paciência e sabedoria que lhes é peculiar, entre uma baforada e outra de palheiro ou de alguma espanada com o galho de ervas na aura daqueles filhos, os bondosos espíritos cumpriam sua missão. Eram conselhos, corrigendas, desmanche de magia negra, de elementares artificiais negativos, limpeza e equilíbrio dos corpos sutis, retirada de aparelhos parasitas e às vezes, alguns puxões de orelha necessários, em forma de alerta. Tudo de acordo com o merecimento do consulente, pois cada um trazia consigo a mostragem de sua "ficha cármica" onde estavam impressos o que a Lei permitia ser mudado, bem como o que ainda era necessário que com eles permanecesse.
Vó Benta, espírito portador de grande sabedoria e humildade, apresentando-se naquele local com o corpo astral de negra velha de pequena estatura, com roupas simples e alvas, cuja saia comprida e larga era coberta por um avental onde um bolso era recheado de ervas e patuás, tinha uma maneira simplista e diplomática de fazer com que os filhos entendessem que eles próprios eram seus médicos curadores:
-Minha mãe, acho que estou sendo vítima de "trabalho feito" pela minha ex mulher...
Sorrindo e com linguagem peculiar, segurava com firmeza as mãos do moço passando-lhe com isso confiança e com a voz recheada de afeto respondia:
-Negra velha vai explicar para que o filho entenda: - quando sua casa está totalmente fechada, fica escura e nada pode entrar, às vezes nem a poeira. Não é isso? Quando o filho abre as janelas e portas, a luz do sol entra invadindo todos os cantos, mas podem entrar também as moscas, baratas, formigas e até os ladrões, não é? Para a sujeira e os bichos, o filho pode usar a vassoura, para os ladrões a lei, a segurança. E para a luz do sol? Ah, essa filho, fica ali iluminando até que o filho feche toda a casa outra vez. Assim também é a nossa casa interna; quando nos fechamos para a vida, para o trabalho, ficamos no escuro e ao nos abrirmos , deixamos a luz entrar mas ficamos sujeitos a todas as outras energias que pululam ao nosso redor. Mas como acontece na casa material, onde não houverem os atrativos da sujeira e do lixo, os insetos não se aproximam. Se estivermos equilibrados, sem raiva, mágoa, ciúmes, vícios e todos esses lixos que os filhos buscam na matéria, nada nem ninguém consegue afetar nossa energia, nossa vida. Só o sol permanece no coração de quem procura manter-se limpo.
_Negra velha sabe que esse mundão está de cabeça para baixo. No lado material os filhos andam desarvorados pela dificuldade de sustento de suas famílias, quando não, em busca de supérfluos. Mas mesmo assim, é preciso lembrar aos filhos, que embora estejam na matéria e sujeitos à ela, a vida real está no espírito imortal. É preciso dar mais atenção, senão prioridade, à essência em detrimento do restante, para que possa haver o equilíbrio dos elementos inerentes à vida, na sua totalidade.
_O mal que é enviado aos filhos, só vai instalar-se se encontrar no endereço vibratório, ambiente adequado. Sem contar que, o medo é porta aberta e atrativo para a entrada do desequilíbrio. O medo é sentimento muito usado pelas energias da esquerda, uma vez que fragiliza o corpo emocional facilitando sua atuação mórbida. Por outro lado, negra velha pergunta para o filho: - se a desordem não houvesse se instalado, por acaso o filho estaria aqui, sentado no chão, em frente à preta velha, buscando humildemente ajuda espiritual? Nem sempre o que nos parece mal, é tão prejudicial assim. Pode ser o remédio adequado para o momento, ou talvez a estremecida necessária no corpo astral dos filhos, para que a ordem possa reinstalar-se.
_As trevas, meu filho, estão vinte e quatro horas de plantão. E os filhos, acaso estão? Não adianta orar e não vigiar, pois o pensamento é energia e com ele nos adequamos ao campo energético que quisermos.
Antes da hora grande(meia noite)as falanges da egrégora dos Pretos Velhos, despediram-se de seus aparelhos, alguns precisando largar e desfazer a vestimenta astral usada para que pudessem chegar até os aparelhos mediúnicos e voltavam agora para as bandas de Aruanda, onde continuariam suas atividades no mundo astral. Pois como diz a Vó Benta, "se pensam que morrer é dormir e descansar, os filhos estão muito enganados...desse lado tem muito trabalho e como nem o Pai está imóvel, quem somos nós cuja ficha cármica demonstra um vasto débito, para nos aposentarmos?".
Agora as velas apagam-se, os elementos voltam a integrar a natureza, os elementais após limparem o ambiente retornam aos seus devidos reinos, os elementares foram desagregados pela força e sabedoria dos pretos velhos e os médiuns voltam aos seus lares com a sensação de paz que só é sentida por aqueles que cumprem com seus deveres.
Preto velho já foi,
Já foi prá Aruanda,
A benção meu Pai
Saravá prá sua banda...
(Autor Desconhecido*)
CASA DO UMBANDISTA - CASTELO DE LUZ
*Notas:
Patuá:geralmente utilizado para dar proteção e não permitir o alojamento de energias negativas no campo astral,podendo ser feito com arruda,figa,cravo,alecrim...etc.
Palheiro:é como um cigarro, mas feito de ervas e enrolado com palha.
Preto Velho vai chegar
Ele vem de Aruanda
Ele vem prá trabalhar...
Era dia de "gira de preto velho" naquele terreiro. Enquanto os consulentes chegavam ansiosos e esperançosos em levar de volta a "solução" daqueles problemas que atrapalhavam suas vidas, na frente do congá os médiuns vestidos de branco e de pés descalços concentravam, ligando-se aos seus protetores e guias.
O ambiente denotava simplicidade e era mobiliado apenas por algumas cadeiras para acomodar os consulentes, poucas banquetas para os médiuns que serviriam de "aparelhos" às entidades espirituais e o congá onde um vaso de flores, outro de ervas e os elementos ar, fogo, água e terra se faziam presentes. Acima, uma imagem de Jesus resplandecente de luz.
Iniciando-se a sessão através de pontos cantados e orações, após uma leitura espiritualista elucidativa, iniciavam-se as incorporações de maneira moderada. Do lado astral, as falanges de trabalhadores já haviam chegado muito tempo antes dos médiuns e ali já haviam preparado o ambiente fluidicamente. Uma varreduda energética havia sido feito pelos elementais onde primeiramente atuaram as salamandras e após as sereias e ondinas, fazendo com que toda a matéria astralina densa que ali se encontrava, fosse transmutada permitindo a chegada dos espíritos trabalhadores.
Na porta do ambiente, junto à firmação de ponto riscado e da presença do elemento fogo, postava-se o guardião da Casa, Exu Gira Mundo, impondo respeito e segurança. Num raio de 360º ao redor da construção, uma guarnição dos caboclos na egrégora de Ogum formavam verdadeira muralha armada, impedindo a invasão de seres indesejáveis ao bom andamento do trabalho da noite. A construção toda estava no interior de grande pirâmide iluminada na cor violeta, com grande e grossa placa de aço imantado na parte inferior impedindo que o excesso de energia telúrica desequilibrasse a polaridade positiva que era captada pelos sete anéis giratórios que ladeavam a pirâmide, representando as Sete Linhas de Umbanda. Cada um desses anéis destacam-se na cor fluídica de seu Orixá e emitiam um harmonioso som diferenciado.
Cada um dos consulentes que adentrava ao ambiente passava agora primeiro pela defumação que queimava junto à porta, em cumbuca de barro, exalando o cheiro das ervas perfumadas sendo incineradas pelo carvão vegetal. Equipes de limpeza se movimentavam no lado espiritual, recolhendo as larvas astrais e outras espécies de energias deletéreas que ali eram desagregadas dos corpos dos consulentes, as quais não eram totalmente absorvidas pelo carvão ou transmutadas pelo elemento fogo.
Em alvíssimas vestes, os amados Pais e Mães, na sua roupagem fluídica de Pretos velhos, trazendo a alegria estampada em sua energia, tomavam conta de seus "aparelhos" médiuns, atuando no chacra básico dos mesmos, obrigando-os a dobrar as suas costas à semelhança de velhos arqueados, incentivando-os ao trabalho fraterno.
E assim, de consulente em consulente, de caso em caso, com a paciência e sabedoria que lhes é peculiar, entre uma baforada e outra de palheiro ou de alguma espanada com o galho de ervas na aura daqueles filhos, os bondosos espíritos cumpriam sua missão. Eram conselhos, corrigendas, desmanche de magia negra, de elementares artificiais negativos, limpeza e equilíbrio dos corpos sutis, retirada de aparelhos parasitas e às vezes, alguns puxões de orelha necessários, em forma de alerta. Tudo de acordo com o merecimento do consulente, pois cada um trazia consigo a mostragem de sua "ficha cármica" onde estavam impressos o que a Lei permitia ser mudado, bem como o que ainda era necessário que com eles permanecesse.
Vó Benta, espírito portador de grande sabedoria e humildade, apresentando-se naquele local com o corpo astral de negra velha de pequena estatura, com roupas simples e alvas, cuja saia comprida e larga era coberta por um avental onde um bolso era recheado de ervas e patuás, tinha uma maneira simplista e diplomática de fazer com que os filhos entendessem que eles próprios eram seus médicos curadores:
-Minha mãe, acho que estou sendo vítima de "trabalho feito" pela minha ex mulher...
Sorrindo e com linguagem peculiar, segurava com firmeza as mãos do moço passando-lhe com isso confiança e com a voz recheada de afeto respondia:
-Negra velha vai explicar para que o filho entenda: - quando sua casa está totalmente fechada, fica escura e nada pode entrar, às vezes nem a poeira. Não é isso? Quando o filho abre as janelas e portas, a luz do sol entra invadindo todos os cantos, mas podem entrar também as moscas, baratas, formigas e até os ladrões, não é? Para a sujeira e os bichos, o filho pode usar a vassoura, para os ladrões a lei, a segurança. E para a luz do sol? Ah, essa filho, fica ali iluminando até que o filho feche toda a casa outra vez. Assim também é a nossa casa interna; quando nos fechamos para a vida, para o trabalho, ficamos no escuro e ao nos abrirmos , deixamos a luz entrar mas ficamos sujeitos a todas as outras energias que pululam ao nosso redor. Mas como acontece na casa material, onde não houverem os atrativos da sujeira e do lixo, os insetos não se aproximam. Se estivermos equilibrados, sem raiva, mágoa, ciúmes, vícios e todos esses lixos que os filhos buscam na matéria, nada nem ninguém consegue afetar nossa energia, nossa vida. Só o sol permanece no coração de quem procura manter-se limpo.
_Negra velha sabe que esse mundão está de cabeça para baixo. No lado material os filhos andam desarvorados pela dificuldade de sustento de suas famílias, quando não, em busca de supérfluos. Mas mesmo assim, é preciso lembrar aos filhos, que embora estejam na matéria e sujeitos à ela, a vida real está no espírito imortal. É preciso dar mais atenção, senão prioridade, à essência em detrimento do restante, para que possa haver o equilíbrio dos elementos inerentes à vida, na sua totalidade.
_O mal que é enviado aos filhos, só vai instalar-se se encontrar no endereço vibratório, ambiente adequado. Sem contar que, o medo é porta aberta e atrativo para a entrada do desequilíbrio. O medo é sentimento muito usado pelas energias da esquerda, uma vez que fragiliza o corpo emocional facilitando sua atuação mórbida. Por outro lado, negra velha pergunta para o filho: - se a desordem não houvesse se instalado, por acaso o filho estaria aqui, sentado no chão, em frente à preta velha, buscando humildemente ajuda espiritual? Nem sempre o que nos parece mal, é tão prejudicial assim. Pode ser o remédio adequado para o momento, ou talvez a estremecida necessária no corpo astral dos filhos, para que a ordem possa reinstalar-se.
_As trevas, meu filho, estão vinte e quatro horas de plantão. E os filhos, acaso estão? Não adianta orar e não vigiar, pois o pensamento é energia e com ele nos adequamos ao campo energético que quisermos.
Antes da hora grande(meia noite)as falanges da egrégora dos Pretos Velhos, despediram-se de seus aparelhos, alguns precisando largar e desfazer a vestimenta astral usada para que pudessem chegar até os aparelhos mediúnicos e voltavam agora para as bandas de Aruanda, onde continuariam suas atividades no mundo astral. Pois como diz a Vó Benta, "se pensam que morrer é dormir e descansar, os filhos estão muito enganados...desse lado tem muito trabalho e como nem o Pai está imóvel, quem somos nós cuja ficha cármica demonstra um vasto débito, para nos aposentarmos?".
Agora as velas apagam-se, os elementos voltam a integrar a natureza, os elementais após limparem o ambiente retornam aos seus devidos reinos, os elementares foram desagregados pela força e sabedoria dos pretos velhos e os médiuns voltam aos seus lares com a sensação de paz que só é sentida por aqueles que cumprem com seus deveres.
Preto velho já foi,
Já foi prá Aruanda,
A benção meu Pai
Saravá prá sua banda...
(Autor Desconhecido*)
CASA DO UMBANDISTA - CASTELO DE LUZ
*Notas:
Patuá:geralmente utilizado para dar proteção e não permitir o alojamento de energias negativas no campo astral,podendo ser feito com arruda,figa,cravo,alecrim...etc.
Palheiro:é como um cigarro, mas feito de ervas e enrolado com palha.
MENSAGEM DE VOVÓ MARIA CONGA DA BAHIA
Quem não fez caridade?
Vovó Maria Conga da Bahia
Em 30/05/2008 - Médium Mãe Iassan
Dirigente do CECP - Centro Espiritualista Caboclo Pery
Era dia de sessão e como sempre Marcelo chegou na parte da manhã para fazer algo que amava, limpar o terreiro. O dia mal amanhecia e ele já pulava da cama, contente e feliz pela oportunidade de ser útil.
O silêncio do terreiro vazio o tranqüilizava. A empresa que ele trabalhava vinha atravessando sérios problemas e essa semana havia sido em especial desgastante, as demissões prometidas haviam começado. Ver colegas de trabalho, chefes de família serem demitidos o deixou muito tenso e entristecido, mas tal qual passe de mágica tudo isso ficou além do portão de entrada do terreiro. Era dia de gira e ele estava feliz novamente! Sabia que suas energias seriam repostas para enfrentar mais uma semana dura de trabalho. Ele não tinha obrigação de fazer isso, mas fazia porque sentia prazer e alegria, e gostava de ir cedo justamente para poder ficar sozinho e limpar tudo no seu ritmo. Não fazia isso para "aparecer", como alguns diziam e pensavam, mas porque gostava de trabalhar sozinho.
Começou a faxina. Lavou o chão, regou plantas, lavou banheiros, tirou poeira das imagens, limpou os ventiladores e enquanto fazia a limpeza, cantarolava pontos dos orixás. Conseguiu ficar com a mente vazia.
Quando estamos fazendo algo que gostamos nem sentimos o tempo passar e a hora corria célere. Deu-se conta disso quando seu estômago "roncou" de fome. Olhou para o relógio do terreiro e viu que já passava do meio dia. Triste por não ter dado tempo de limpar os vestiários pensou que algum irmão da corrente poderia fazê-lo quando chegasse.
Assim, trancou o terreiro e foi para casa.
Lá chegando tomou um bom banho, almoçou e deitou-se no sofá da sala para tirar uma soneca, pois sentiu que seu corpo precisava. Dormiu.
No terreiro a movimentação de pessoas se intensificava. Duas médiuns que chegaram mais cedo viram que o terreiro estava limpo, mas que os vestiários não estavam. Sem pronunciar palavra, pegaram vassouras e rodos e começaram a limpeza. Francisco chegou bem na hora em que isso acontecia. Olhou de rabo de olho e falou:
- É isso que eu vivo falando! Se não pode ou consegue fazer tudo é melhor não fazer nada, assim já sabendo disso chegamos com disposição prá limpar o terreiro. Agora que estou de banho tomado e pronto prá sessão vou ter que me sujar lavando banheiro de médium.
Catarina, uma das médiuns que estava limpando retrucou:
- Não precisa Francisco. Eu e Iolanda damos conta do recado. Eu trouxe toalha de banho e roupas limpas para trocar depois da faxina. Eu já imaginava que o Marcelo na iria conseguir limpar tudo na parte da manhã como ele gosta, até porque ninguém consegue sozinho, por isso chegamos cedo e trouxemos roupa.
- Mas ele podia ter avisado... Fala Francisco, contrariado com a disposição de Catarina.
- E você podia ter previsto! Solta Iolanda, já cansada das reclamações de Francisco.
Catarina faz um sinal para Iolanda, pedindo que fique quieta, mas Iolanda sacode a mão no ar em sinal de contrariedade.
Francisco tenta esboçar alguma reação, mas é interrompido com a chegada de outros médiuns. Assim resolve ir trocar sua roupa, resmungando em pensamento. Vai para o vestiário masculino. Ele está irritadíssimo. Começa a tirar a roupa profana. Ao pegar da sacola de roupa, deixa cair o jaleco no chão que ainda está molhado em função de recente limpeza. O sangue sobe e fica vermelho de raiva. Pega o jaleco no chão e vê o "estrago" e pensa: "Ainda por cima serei chamado atenção porque o jaleco ficou amarrotado e sujo, droga!"
Enquanto isso, Carolina e Iolanda terminam a limpeza. Quase todos os médiuns já chegaram e elas vão tomar banho e se prepararem para a sessão. O portão é aberto permitindo assim a entrada da assistência.
O Pai Pequeno percebe que o Francisco não está no seu posto que é junto ao portão recebendo e orientando as pessoas. Pede que outra médium tome o seu lugar e vai a procura de Francisco. O encontra dentro do vestiário, sentado no banco do seu preto velho, ainda roxo de raiva. Percebe ao seu lado uma companhia invisível sugando-lhe as energias e irradiando sentimentos de raiva e ciúme. A energia é tão densa que até quem não é médium vidente podia ver. Respira fundo, pois essa não é a primeira vez que acontece. Francisco olha para o Pai Pequeno Osmar com os olhos injetados e dispara:
- Não posso entrar para a sessão. Olha o estado do meu jaleco. Está imundo!
A essa altura o jaleco já havia até secado no corpo de Francisco e nem parecia sujeira alguma, pois caíra em água limpa, só que em função da sua irritação e da companhia que estava agarrada ao seu perispírito ele não percebera isso.
Osmar olha o jaleco e diz:
- Do que você está falando Francisco? Não tem nada no seu jaleco. Ele está limpo!
Francisco olhou para o jaleco, mas a sua visão estava deturpada em função da atuação nefasta do trevoso que o sugava e sugestionava, assim, ele viu sujeira física onde tinha sujeira espiritual. Na sua visão o jaleco estava praticamente todo sujo amarronzado. Olhou novamente para o Pai Pequeno sem acreditar no que ouvira e dispara novamente, dessa feita já perdendo o respeito pelo Pai Pequeno:
- Será que você está cego? Se você considera isso limpo imagino como é a sua casa!
Percebendo o objetivo do espírito que acompanhava Francisco, Osmar respira fundo e usando de sua autoridade de Pai Pequeno diz com energia:
- Francisco! Tenha paciência! Você é médium antigo da Casa e me conhece muito bem. Se sua roupa estivesse suja eu seria o primeiro a dizer. Portanto, pare de palhaçada e entre já para o terreiro. Fique lá dentro e peça a Zambi, aos Orixás e entidades que tire do seu coração esse sentimento ruim. Firme seu Anjo da Guarda. Limpe-se interiormente, pois se tem alguma coisa suja aqui é o seu coração e pensamento.
Ao ouvir o tom de voz de comando de Osmar, Francisco se levanta em silêncio, lava o rosto, penteia os cabelos e vai para dentro do terreiro. Nesse instante, o espírito que o acompanhava afasta-se, e Francisco lembra-se que nem havia "batido cabeça" no gongá. Reza para o seu Anjo Guardião e sente um alívio no peito. Olha para o seu jaleco e vê que está limpo.
O Pai no Santo entra no terreiro e dá o sinal de que a sessão vai começar. Percebe a ausência de Marcelo e pergunta a Osmar se ele sabe onde Marcelo está. Osmar que diz que Marcelo veio na parte da manhã limpar o terreiro, mas que não havia chegado ainda. Na verdade o cansaço e o estresse da semana havia tomado conta de Marcelo e a egrégora da Casa aproveitou a oportunidade do sono dele para reenergizá-lo durante a gira.
A sessão tem início e transcorre normalmente. Francisco não estava bem para trabalhar na consulta e foi orientado por Osmar para cambonar Pai Joaquim, o preto velho que trabalha com Osmar.
Ao final das consultas, Pai Joaquim dá um passe em Francisco e diz:
- Fio, cada gira, cada sessão, cada consulta é oportunidade única de trabalho, de elevação e de aprendizado. Suncê hoje desperdiçou a oportunidade de ser vibracionalmente abraçado pelo preto velho que trabalha com suncê... E sabe por que? Por que ao invés de vir pro terreiro com o pensamento voltado e aberto para o aprendizado, veio pensando num jeito de desfazer a imagem positiva que o menino Marcelo tem de todos aqui dentro.
Sem graça com a colocação do preto velho, Francisco retruca sem pensar muito:
- Que isso meu velho? Eu não preciso disso e nem estava pensando nisso. Ele nem veio a gira hoje. Por que eu me preocuparia com ele, se nem veio fazer caridade?
Calmamente o preto velho fala:
- Não veio fazer caridade, fio? Então escuta atentamente esse nêgo véio. Se todos nós hoje pudemos pisar num chão e chegar num ambiente fisicamente limpo, foi graças ao menino Marcelo. Isso é caridade fio! E suncê? Fez o que? Falou mal dele, se desequilibrou, permitiu a entrada de um espírito trevoso no templo sagrado do seu corpo, desacatou o pai pequeno e não trabalhou com seu preto velho incorporado. Então fio... Responde com sinceridade prá esse nêgo véio: Quem não fez caridade?
Saravá Preto Velho!
Adorei as Almas!
Vovó Maria Conga da Bahia
Em 30/05/2008 - Médium Mãe Iassan
Dirigente do CECP - Centro Espiritualista Caboclo Pery
Era dia de sessão e como sempre Marcelo chegou na parte da manhã para fazer algo que amava, limpar o terreiro. O dia mal amanhecia e ele já pulava da cama, contente e feliz pela oportunidade de ser útil.
O silêncio do terreiro vazio o tranqüilizava. A empresa que ele trabalhava vinha atravessando sérios problemas e essa semana havia sido em especial desgastante, as demissões prometidas haviam começado. Ver colegas de trabalho, chefes de família serem demitidos o deixou muito tenso e entristecido, mas tal qual passe de mágica tudo isso ficou além do portão de entrada do terreiro. Era dia de gira e ele estava feliz novamente! Sabia que suas energias seriam repostas para enfrentar mais uma semana dura de trabalho. Ele não tinha obrigação de fazer isso, mas fazia porque sentia prazer e alegria, e gostava de ir cedo justamente para poder ficar sozinho e limpar tudo no seu ritmo. Não fazia isso para "aparecer", como alguns diziam e pensavam, mas porque gostava de trabalhar sozinho.
Começou a faxina. Lavou o chão, regou plantas, lavou banheiros, tirou poeira das imagens, limpou os ventiladores e enquanto fazia a limpeza, cantarolava pontos dos orixás. Conseguiu ficar com a mente vazia.
Quando estamos fazendo algo que gostamos nem sentimos o tempo passar e a hora corria célere. Deu-se conta disso quando seu estômago "roncou" de fome. Olhou para o relógio do terreiro e viu que já passava do meio dia. Triste por não ter dado tempo de limpar os vestiários pensou que algum irmão da corrente poderia fazê-lo quando chegasse.
Assim, trancou o terreiro e foi para casa.
Lá chegando tomou um bom banho, almoçou e deitou-se no sofá da sala para tirar uma soneca, pois sentiu que seu corpo precisava. Dormiu.
No terreiro a movimentação de pessoas se intensificava. Duas médiuns que chegaram mais cedo viram que o terreiro estava limpo, mas que os vestiários não estavam. Sem pronunciar palavra, pegaram vassouras e rodos e começaram a limpeza. Francisco chegou bem na hora em que isso acontecia. Olhou de rabo de olho e falou:
- É isso que eu vivo falando! Se não pode ou consegue fazer tudo é melhor não fazer nada, assim já sabendo disso chegamos com disposição prá limpar o terreiro. Agora que estou de banho tomado e pronto prá sessão vou ter que me sujar lavando banheiro de médium.
Catarina, uma das médiuns que estava limpando retrucou:
- Não precisa Francisco. Eu e Iolanda damos conta do recado. Eu trouxe toalha de banho e roupas limpas para trocar depois da faxina. Eu já imaginava que o Marcelo na iria conseguir limpar tudo na parte da manhã como ele gosta, até porque ninguém consegue sozinho, por isso chegamos cedo e trouxemos roupa.
- Mas ele podia ter avisado... Fala Francisco, contrariado com a disposição de Catarina.
- E você podia ter previsto! Solta Iolanda, já cansada das reclamações de Francisco.
Catarina faz um sinal para Iolanda, pedindo que fique quieta, mas Iolanda sacode a mão no ar em sinal de contrariedade.
Francisco tenta esboçar alguma reação, mas é interrompido com a chegada de outros médiuns. Assim resolve ir trocar sua roupa, resmungando em pensamento. Vai para o vestiário masculino. Ele está irritadíssimo. Começa a tirar a roupa profana. Ao pegar da sacola de roupa, deixa cair o jaleco no chão que ainda está molhado em função de recente limpeza. O sangue sobe e fica vermelho de raiva. Pega o jaleco no chão e vê o "estrago" e pensa: "Ainda por cima serei chamado atenção porque o jaleco ficou amarrotado e sujo, droga!"
Enquanto isso, Carolina e Iolanda terminam a limpeza. Quase todos os médiuns já chegaram e elas vão tomar banho e se prepararem para a sessão. O portão é aberto permitindo assim a entrada da assistência.
O Pai Pequeno percebe que o Francisco não está no seu posto que é junto ao portão recebendo e orientando as pessoas. Pede que outra médium tome o seu lugar e vai a procura de Francisco. O encontra dentro do vestiário, sentado no banco do seu preto velho, ainda roxo de raiva. Percebe ao seu lado uma companhia invisível sugando-lhe as energias e irradiando sentimentos de raiva e ciúme. A energia é tão densa que até quem não é médium vidente podia ver. Respira fundo, pois essa não é a primeira vez que acontece. Francisco olha para o Pai Pequeno Osmar com os olhos injetados e dispara:
- Não posso entrar para a sessão. Olha o estado do meu jaleco. Está imundo!
A essa altura o jaleco já havia até secado no corpo de Francisco e nem parecia sujeira alguma, pois caíra em água limpa, só que em função da sua irritação e da companhia que estava agarrada ao seu perispírito ele não percebera isso.
Osmar olha o jaleco e diz:
- Do que você está falando Francisco? Não tem nada no seu jaleco. Ele está limpo!
Francisco olhou para o jaleco, mas a sua visão estava deturpada em função da atuação nefasta do trevoso que o sugava e sugestionava, assim, ele viu sujeira física onde tinha sujeira espiritual. Na sua visão o jaleco estava praticamente todo sujo amarronzado. Olhou novamente para o Pai Pequeno sem acreditar no que ouvira e dispara novamente, dessa feita já perdendo o respeito pelo Pai Pequeno:
- Será que você está cego? Se você considera isso limpo imagino como é a sua casa!
Percebendo o objetivo do espírito que acompanhava Francisco, Osmar respira fundo e usando de sua autoridade de Pai Pequeno diz com energia:
- Francisco! Tenha paciência! Você é médium antigo da Casa e me conhece muito bem. Se sua roupa estivesse suja eu seria o primeiro a dizer. Portanto, pare de palhaçada e entre já para o terreiro. Fique lá dentro e peça a Zambi, aos Orixás e entidades que tire do seu coração esse sentimento ruim. Firme seu Anjo da Guarda. Limpe-se interiormente, pois se tem alguma coisa suja aqui é o seu coração e pensamento.
Ao ouvir o tom de voz de comando de Osmar, Francisco se levanta em silêncio, lava o rosto, penteia os cabelos e vai para dentro do terreiro. Nesse instante, o espírito que o acompanhava afasta-se, e Francisco lembra-se que nem havia "batido cabeça" no gongá. Reza para o seu Anjo Guardião e sente um alívio no peito. Olha para o seu jaleco e vê que está limpo.
O Pai no Santo entra no terreiro e dá o sinal de que a sessão vai começar. Percebe a ausência de Marcelo e pergunta a Osmar se ele sabe onde Marcelo está. Osmar que diz que Marcelo veio na parte da manhã limpar o terreiro, mas que não havia chegado ainda. Na verdade o cansaço e o estresse da semana havia tomado conta de Marcelo e a egrégora da Casa aproveitou a oportunidade do sono dele para reenergizá-lo durante a gira.
A sessão tem início e transcorre normalmente. Francisco não estava bem para trabalhar na consulta e foi orientado por Osmar para cambonar Pai Joaquim, o preto velho que trabalha com Osmar.
Ao final das consultas, Pai Joaquim dá um passe em Francisco e diz:
- Fio, cada gira, cada sessão, cada consulta é oportunidade única de trabalho, de elevação e de aprendizado. Suncê hoje desperdiçou a oportunidade de ser vibracionalmente abraçado pelo preto velho que trabalha com suncê... E sabe por que? Por que ao invés de vir pro terreiro com o pensamento voltado e aberto para o aprendizado, veio pensando num jeito de desfazer a imagem positiva que o menino Marcelo tem de todos aqui dentro.
Sem graça com a colocação do preto velho, Francisco retruca sem pensar muito:
- Que isso meu velho? Eu não preciso disso e nem estava pensando nisso. Ele nem veio a gira hoje. Por que eu me preocuparia com ele, se nem veio fazer caridade?
Calmamente o preto velho fala:
- Não veio fazer caridade, fio? Então escuta atentamente esse nêgo véio. Se todos nós hoje pudemos pisar num chão e chegar num ambiente fisicamente limpo, foi graças ao menino Marcelo. Isso é caridade fio! E suncê? Fez o que? Falou mal dele, se desequilibrou, permitiu a entrada de um espírito trevoso no templo sagrado do seu corpo, desacatou o pai pequeno e não trabalhou com seu preto velho incorporado. Então fio... Responde com sinceridade prá esse nêgo véio: Quem não fez caridade?
Saravá Preto Velho!
Adorei as Almas!
HISTÓRIA DE PAI JOÃO

Saiba, ó filho meu...
Que existiu uma época muito distante, em que o calendário não registrou nos anais da história da Terra, um povo entre as diversas ralas humanas, que passaram como estrelas no firmamento, sábio e culto, filosófico e sonhador...
situado entre as estrelas da constelação do cruzeiro Sonhavam em retornar ao seu lar sidério, situado entre as estrelas da constelação do Cocheiro...
e por isso os mais dotados espiritualmente, insistiam em olhar o céu e suspiravam de saudade..."
A lua com seu raio argênteo, espraiava-se sobre as encostas setentrionais daquela região onde encontra-se Madagascar, há muitos e milhares de anos...
O homem sagrado bordejava a orla do mar, e em seu caminhar contemplava a imensidão dos astros notívagos e suspirava com seu olhar marejado, as constelações como se quisesse ler mo misterioso livro do céu o futuro de seu povo...
Alto e esguio de compleição delicada, olhos brilhantes e profundos, Nalmyskar, o sacerdote do templo de Obhaluayê perscrutava as conjunções do céu para compreender os vaticínios que chegaram através de seus sonhos, com relação aos
acontecimentos prestes a desabar sobre seu país...
Com seu cajado na mão direita. permanecia de pé ao som do mar e à luz dos espaços infinitos, e assim permaneceu por longas horas, em contemplação silenciosa.
Revia o sonho, e cada parte triste..o povo inteiro seria colocado à prova por desprezar a grande lei de zambi!
E agora os Araxás através de seus sonhos anunciavam a grande tragédia que se abateria sobre todos como remissão dos pecados.
A sabedoria milenar há muito fora deturpada por sacerdotes corrompidos, que se deixaram levar pelas vaidades humanas, patrocinando verdadeiras orgias, descambando para a magia negra. Triste sina de um povo que já fora a aurora de uma civilização grandiosa.
Muitos serão banidos, degredados, irão para longe de seus lares, como escravos de uma raça, que não tardaria em surgir no horizonte, em busca de conquista e ouro.
Família inteiras separadas, genocídio, depravação e miséria seria o castigo desse povo orgulhoso e vingativo que ousou contrariar as leis sagradas dos Araxás... a sagrada lei de zambi
Os grandes e brilhantes olhos dos sacerdotes derramavam copiosas lágrimas, vertidas de seu coração sincero, pois guardava as leis sagradas e vivia como de acordo com os mais altos ensinamentos de sua escola de iniciação. Sabia que voltaria para seu lar sidério, para sua amada estrela situada na constelação do Cocheiro. Mas e o seu povo? Voltaria a vê-los? Aqueles que ficavam, que atraíram para si os olhos enérgicos dos Araxás?
Enquanto assim permanecia, não percebeu sublime entidade postada à seu lado, que lhe observava com profundo amor e carinho.
Uma brisa fresca roçou seu rosto magro e escuro como ébano, e uma voz se fez ouvir, como que vinda da distância que ele mesmo contemplava de sua saudosa estrela...
..."Nalmyskar, o grande Zambi te abençoa, através dos sagrados Araxás!
Trago-te a promessa que tão logo seu povo sinta o braço pesado e longo do carma, você retornará para cumprir missão junto aos teus mais caros afetos.
Numa Terra que ainda está por ser descoberta, muito além mar, tu irás voltar para o seio do povo que tanto amas, e assim auxiliá-lo na difícil missão de retornarem aos braços de Zambi, através da dor e do sofrimento.
Os grandes senhores da Aumbhandhã, os mestres da Luz Primaz ouviram tuas preces, abençoado sacerdote, pois que tu guardaste a Lei de Zambi em seu coração.
Retornarás como Guia de uma futura religião que está para nascer nas terras do Cruzeiro do Sul, e inspirarás com teu exemplo de humildade os teus filhos deserdados.
Serás conhecido como Pai João do Congo por muitas gerações que te sucederam ao longo da jornada que ora se inicia em tua experiência íntima, e terás a alegria de ver voltar ao aprisco do amor de Zambi muitos de teus filhos desgarrados, que com teu amor, com tua dedicação e humildade irás inspirar aos dias melhores no futuro.
Por agora descansa, prepara teu espírito para as horas amargas que se abaterão, logo que a lua mude seu ciclo, para alertar mais uma vez teu povo das severas lições que lhe aguardam ! Paz e Luz, Nalmyscar, abençoado dos Araxás!
Com os olhos marejados e profundamente emocionado, o velho sacerdote retornou a passos lentos em direção à sua aldeia, enquanto a lua, em seu zênite parecia compartilhar a tristeza do velho ancião.
FONTE: DOUTRINA UMBANDISTA
AUTOR: JOÃO B.G. FERNANDES
Que existiu uma época muito distante, em que o calendário não registrou nos anais da história da Terra, um povo entre as diversas ralas humanas, que passaram como estrelas no firmamento, sábio e culto, filosófico e sonhador...
situado entre as estrelas da constelação do cruzeiro Sonhavam em retornar ao seu lar sidério, situado entre as estrelas da constelação do Cocheiro...
e por isso os mais dotados espiritualmente, insistiam em olhar o céu e suspiravam de saudade..."
A lua com seu raio argênteo, espraiava-se sobre as encostas setentrionais daquela região onde encontra-se Madagascar, há muitos e milhares de anos...
O homem sagrado bordejava a orla do mar, e em seu caminhar contemplava a imensidão dos astros notívagos e suspirava com seu olhar marejado, as constelações como se quisesse ler mo misterioso livro do céu o futuro de seu povo...
Alto e esguio de compleição delicada, olhos brilhantes e profundos, Nalmyskar, o sacerdote do templo de Obhaluayê perscrutava as conjunções do céu para compreender os vaticínios que chegaram através de seus sonhos, com relação aos
acontecimentos prestes a desabar sobre seu país...
Com seu cajado na mão direita. permanecia de pé ao som do mar e à luz dos espaços infinitos, e assim permaneceu por longas horas, em contemplação silenciosa.
Revia o sonho, e cada parte triste..o povo inteiro seria colocado à prova por desprezar a grande lei de zambi!
E agora os Araxás através de seus sonhos anunciavam a grande tragédia que se abateria sobre todos como remissão dos pecados.
A sabedoria milenar há muito fora deturpada por sacerdotes corrompidos, que se deixaram levar pelas vaidades humanas, patrocinando verdadeiras orgias, descambando para a magia negra. Triste sina de um povo que já fora a aurora de uma civilização grandiosa.
Muitos serão banidos, degredados, irão para longe de seus lares, como escravos de uma raça, que não tardaria em surgir no horizonte, em busca de conquista e ouro.
Família inteiras separadas, genocídio, depravação e miséria seria o castigo desse povo orgulhoso e vingativo que ousou contrariar as leis sagradas dos Araxás... a sagrada lei de zambi
Os grandes e brilhantes olhos dos sacerdotes derramavam copiosas lágrimas, vertidas de seu coração sincero, pois guardava as leis sagradas e vivia como de acordo com os mais altos ensinamentos de sua escola de iniciação. Sabia que voltaria para seu lar sidério, para sua amada estrela situada na constelação do Cocheiro. Mas e o seu povo? Voltaria a vê-los? Aqueles que ficavam, que atraíram para si os olhos enérgicos dos Araxás?
Enquanto assim permanecia, não percebeu sublime entidade postada à seu lado, que lhe observava com profundo amor e carinho.
Uma brisa fresca roçou seu rosto magro e escuro como ébano, e uma voz se fez ouvir, como que vinda da distância que ele mesmo contemplava de sua saudosa estrela...
..."Nalmyskar, o grande Zambi te abençoa, através dos sagrados Araxás!
Trago-te a promessa que tão logo seu povo sinta o braço pesado e longo do carma, você retornará para cumprir missão junto aos teus mais caros afetos.
Numa Terra que ainda está por ser descoberta, muito além mar, tu irás voltar para o seio do povo que tanto amas, e assim auxiliá-lo na difícil missão de retornarem aos braços de Zambi, através da dor e do sofrimento.
Os grandes senhores da Aumbhandhã, os mestres da Luz Primaz ouviram tuas preces, abençoado sacerdote, pois que tu guardaste a Lei de Zambi em seu coração.
Retornarás como Guia de uma futura religião que está para nascer nas terras do Cruzeiro do Sul, e inspirarás com teu exemplo de humildade os teus filhos deserdados.
Serás conhecido como Pai João do Congo por muitas gerações que te sucederam ao longo da jornada que ora se inicia em tua experiência íntima, e terás a alegria de ver voltar ao aprisco do amor de Zambi muitos de teus filhos desgarrados, que com teu amor, com tua dedicação e humildade irás inspirar aos dias melhores no futuro.
Por agora descansa, prepara teu espírito para as horas amargas que se abaterão, logo que a lua mude seu ciclo, para alertar mais uma vez teu povo das severas lições que lhe aguardam ! Paz e Luz, Nalmyscar, abençoado dos Araxás!
Com os olhos marejados e profundamente emocionado, o velho sacerdote retornou a passos lentos em direção à sua aldeia, enquanto a lua, em seu zênite parecia compartilhar a tristeza do velho ancião.
FONTE: DOUTRINA UMBANDISTA
AUTOR: JOÃO B.G. FERNANDES
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