VOCABULÁRIO YORUBÁ

“I”

Ia – Mãe
Ia ia – Avó
IABÁ – vd. Aborô.
IÁBASSÉ – Especialista ritual encarregada do preparo das comidas votivas dos òrìsà.
IÁ-EFUN – Especialista ritual encarregada das pinturas corporais durante o período de iniciação. Embora esse título honorífico signifique literalmente “mãe-do-efun”, o ofício litúrgico não se limita às pinturas com o pigmento branco (efun). São também empregados: wájí e osùn, respectivamente as cores azul e vermelho
IÁLAXÉ – Titulo honorifico geralmente ostentado pela própria mãe-de-santo, significando “mãe-do-axé” ou “zeladora-do-axé”
Ialorixá – Mãe de santo (sacerdote de orixá)
IAÔ – Termo que designa o noviço após a fase ritual da reclusão iniciatória. Em yorùbá significa “esposa mais jovem”
Ibá – Colar, cheio de objetos ritualístico
Ìbà – homenagem em respeito aos Orixás
Ibà pójúpójú – febre muito alta
Ìbamolè – forças espirituais que são merecedoras de respeito
Iban – Queixo
Ìbanújé – Tristeza
Ibéjì – Gêmeos
Ìbere – Origem
Ìbí – Nascimento
Ìbínu – Raiva
Ibó – Lugar de adoração
Ibô – Mato
Ibòòji – sombra
Ibúlè – àrun – leito de doença
Ibúlè – ikú – leito de morte
Ibùsùn òkú – cemitério
Idà – Espada
Ida-oba – Espada do Rei
Ìdáwò – consulente de adivinhação
Ide – Pulseira
Ideruba – Fantasma
Idí – Ânus, nádega
Ìdódò – Umbigo
Idunnu – Felicidade
IFÁ – Deus dos oráculos e da adivinhação. Senhor do destino. Há quem afirme ser sua representação a cabaça envolvida por uma trama de fios de búzios. Sua cor é o branco. Seu dia é a quinta-feira. Conhecido também como Òrúnmìlà, “somente-o-céu-sabe-quem-será-salvo”. Saudação – “Eèpààbàbá/”
Ifá – Adivinhação
Ifáiyable – visão mística
Ìfeseji – perdão
Ìfun – Intestino
Iga – quintal de um ancião
Ìgbà – história
Igbado – milho
Ìgbàlè – cemitério
IGBÁ ODÙ – Expressão yorubá que designa a cabaça ou o artefato litúrgico que contém no seu interior os elementos simbólicos e as substancias que tornam possfvel a existência individualizada.
IGBÁ-ORÍ – Expressão yorùbá que designa, no rito do borí, o recipiente em que vão sendo depositadas as substancias constitutivas e reveladoras da identidade do sacrificante. Literalmente significa “cabaça-da-cabeça”. Na liturgia dos candomblés é freqüentemente utilizada a forma ibá, com o mesmo sentido
Igbe – Grito
ÌGBÍN – Cadência rítmica lenta executada pela orquestra cerimonial em louvor a Òòsàálá. 0 termo designa também o molusco gasterópode terrestre, com concha univalva, corpo prolongado e tentáculos na cabeça. E o caracol também conhecido como “o boi de Òòsàálá” e sua oferenda predileta. Na linguagem corrente dos candomblés é usual a forma ibí
Ìgbín – lesma, caracol
Igbó – floresta
Igbódù Òrìsà – local sagrado para iniciar uma pessoa nos mistérios dos Orixás
Ìgboro – rua, estrada
Igi – Árvore
Igi – òpe – palmeira
Ihò – buraco
Ija – luta, briga
Ìjábà – Acidente
Ìjéta – Anteontem
Ijexá – Nome de uma região da Nigéria e de um toque para os Orixás Oxum, Ogum e Oxalá.
Iji – Árvore
Ijo – Dança
Ìka – Dedo
IKÁ – vd. Dòbálé
Ìkú – Morte
Ikùn – estômago
Ilà – marcas faciais
Ilá – Quiabo
Ìlà Òrùn – Leste
Ilê – Casa – vd. Casa-de-santo
Ilè – Terra
Ilé Okú – Cemitério
ILÉ-ÒRÌSÀ – Expressão yorùbá que designa a dependência de uma casa-de-santo onde se encontram depositadas as diferentes insígnias e objetos que compõem a representação emblemática de cada um dos òrìsà. É também conhecida a forma “quarto-de-santo” ou “casa-do-santo”
Ìlú – Cidade
Ìlù – tambor
Ìmale – respeito ao ancestral
Ìmáwò – ara – encarnação, estado de reencarnação
Imo – ope – folhas de palmeira
Ìmólè – forças da natureza (Òrìsà)
Imonamona – raio
Imú – Nariz
Iná – fogo
Inã – Fogo
INKICE – vd. Òrìsà
Inón – Fogo
Ìpàdé – encontro
Ipadê – Reunião
Ìelé – pequena cicatriz facial que indica a linhagem familiar
Ipin – guardião
Ìpitan – tradição oral
Ìràwò – estrelas
Ìrèmòjé – cânticos do funeral dos caçadores
Ìrépo – Harmonia
Ìrésì – arroz
Irin – ferro, sagrado para o Orixá Ògún
Iró – Mentira
Irun – cabelo
Irúnmòle – forças da natureza (Òrìsà)
Ìsàlè – órgãos reprodutores
Ise – trabalho
Ìségún – reverência aos antepassados
Isinkú – funeral, enterro
Ìtan – àtowodowo – lenda tradicional, história sobre os orixás
Ìtan – história, lenda, mitologia
Ìtefá – iniciado nos fundamentos de Ifá
Ito – urina
Ìwà – àgba – caráter de um ancião
Ìwà – édá – natureza
Ìwà – Respeito
Iwájú orí – Testa
Ìwé Ìrohin – Notícia do jornal
Ìwo – Chifre
Ìwo – Tu
Ìwò Òrùn – Oeste
Iwóòrò – ouro
Ìyá – àgan – mulher mais velha, (anciã), dentro da sociedade dos médiuns ancestrais
Ìyá – mãe
Ìyá nlá – Vovó
Ìyáàgbà – avóÌyáláwo – divindade de ifá feminina, significa: ” mãe dos mistérios “.
Iyabasé – Cozinheira
IYÁ EGBÉ – Titulo honorífico importante na hierarquia dos terreiros que distingue sua portadora como “mãe-da-comunidade”
Ìyáláwo – divindade feminina, mãe dos mistérios
Iyalaxé – Mãe do axé do terreiro
Ìyálè – esposa mais velha em uma família polígama.
ÌYálorísà – mulher iniciada nos mistérios das forças da natureza (Òrìsà), mãe de santo.
ÌYÁSAN – Divindade das tempestades e do Rio Niger, mulher de Ògún, e, depois, de Sòngó. Relacionada com os vendavais, os raios e os trovões. Sincretizada com Santa Bárbara. Seu dia da semana é a quarta-feira. Suas insígnias são a espada e o espanta-moscas de crinas de cavalo. Suas cores são o vermelho escuro e o marrom. Considerada a mãe dos egún, que é a única a dominar. Saudação – “Eparrei !”


“J”

Jáde – Sair
Jádeogun – preparar o combate
Jádi – atacar
Jagunjagun – Guerreiro, Soldado
Jajá – Esteira
Jalè – Roubar
Jé – acordar
Je – comer
Je ewo – má sorte que vem como o resultado de uma violação de tabu/regra
Jéjé – rogar uma praga
JEJE – vd. Nação. vd. Fón.
JELÚ – Um dos nomes pelos quais é conhecido Èsù Àjelú ou Ijelú
Jeun – Comer
Jéwó – confessar
Ji – Acordar, roubar
Jigi – espelho
Jije – comer
Jikelewi – borrifar
Jimi – Acorda-me
Jó – Dançar
Jóko – sentar
Jóná – estar em chamas
Jóò – desculpar, perdoar
Jowo – grande favor
Júbà – Respeitar
Juba – rezas, pedido
Juwó – Acenar

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“K”

Kà – Ler, contar
Kabiyèsí – cumprimento de respeito a um rei (oba)
Kábíyèsìlè – expressão de respeito a um chefe ou mais velho
Kàdárà – destino
K’àgò – pedir permissão para entrar em uma casa
Kalè – sentar
Kan – Azedo
Kaná – estar em chamas
Kárò – bom dia
Kàwé – ler
Káwó – saudação, aclamação
Ké – cortar
Kedere – clarear, esclarecer
Kéhìndé – o segundo gêmeo a nascer
Kekerê – Pequeno
Kékeré – pequeno
Kéré – ser pequeno
KÉTU – vd. Nação
Kíkún – mortal
Kiniun – leão
Kó – Aprender
Ko Dara – Ruim
Kò Tòpé – De nada
Kókóró – chave; sagrado para o mensageiro Exu (Èsú)
Kòla – noz de cola amarga. Sagrada para a maioria dos Orixás
Korin – cantar
Kórira – odiar
Koró – Fel, amargo
Kosi – Nada
Kòtò – Buraco
Ku – morrer
Ku – Morrer
Kunle – ajoelhar no chão como um gesto de respeito, tanto para um local sagrado como para uma pessoa mais velha
Kunrin – cantar
Kuru – Longe
Kurumu – redondo
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“L”

Là – Abrir
Lá – sonhar
Labalábá – Borboleta
Lábelè – secretamente
Làí – làí – o começo (considerar tempo)
Láí – láí – para sempre
Láikú – imortal
Lailai – Para sempre
Lála – Sonhar
Lálé – De noite
Làlóju – esclarecer, iluminar
Láná – Ontem
Larin – Moderado
Lê – Forte
Létòl’tò – segmentos de um ritual
Léwà – ser bonito
Lile – Feroz, violento
Liló – Partir
Ló – Ir
Lódè – do lado de fora
Lodê – Lado de fora, lá fora
Lodê oni – no presente
Lodo – No rio
LÒGÚN EDE – Divindade yorùbá considerada no Brasil filho de Ibualama ou Inle (Òsóòsì) e Òsun Yéyéponda. Homem durante seis meses, jovem e caçador. Nos outros seis, mulher, bela ninfa que só come peixes. Suas insígnias são o ofà (vd.) e o leque dourado (abebe) de Òsun. Suas cores são o azul e o amarelo-ouro translúcido. Seu dia da semana é quinta-feira. Saudação – “Lóògún!”
Lókan – bravo
Lókun – forte
Lóla – Amanhã
Lona – No caminho
Lóni – hoje
Lósàn – De tarde
Lowo – Rico
Lówò – ser rico, ter abundância
Lu – Furar
Lukoun – pênis
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“M”

Ma – de fato, realmente
Maga – sacerdote chefe do Orixá Xangô (Sàngó)
Maleme – Pedido de perdão
Malú – Vaca
Malu – Boi
Malú Ako – Boi
Màlúù – boi
Màrìwò – folhas de palmeira – As folhas desfiadas do dendezeiro (Elaeis guyneensis, A. Cheval, PALMAE) que guarnecem as entradas de uma casa-de-santo contra os egún, os espíritos dos mortos
MAWU – vd. Òòsàálá
Meje – Sete
Mejeji – Duas vezes
Méjì – dois
Mérin – quatro
Mérìndílógún – dezesseis (16), também usado para referir a um sistema de adivinhação usado pelos iniciados de Orixás que está baseado nos primeiros dezesseis versos da divindade Ifá (Odù)
Meta – três
Méwà – dez
Mi – engolir, respirar
Mí – Viver
Mi-amiami – Farofa oferecida para exu
Mímo – sagrado, divino
Míràn – outro
Mò – Conhecer
Mo – Eu
Modê – Cheguei
Mojú – saber, conhecer
Mojubá – Apresentando meu humilde respeito. Louvação endereçada aos ancestrais ilustres, forças da natureza e aos próprios òrìsà, durante os ofícios litúrgicos
Móoru – tempo quente
Mú – Pegar
Mu – beber
Muló – Levar embora
Mun – Beber
MUZENZA – Diz-se dos filhos-de-santo nos candomblés de “nação” angola. 0 mesmo que iaô. Por extensão, designa a primeira saída pública do neófito no rito angola. Significa, literalmente, “estranho ser animado”, na etimologia da língua kikongo.

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“N”

Nà – Bater
Ná – Gastar
Ná – primeiro de todos
NAÇÃO – Designa, no Brasil, os grupos que cultuam divindades provenientes da mesma etnia africana, ou do mesmo subgrupo étnico. Mo exemplos do primeiro caso as “nações” congo, angola, jeje, ao passo que o segundo caso é ilustrado por kétu, ijesà e òyó,correspondentes aos subgrupos da etnia nagô. Trata-se, na verdade, de categorias abrangentes as quais se reduziram as múltiplas etnias que o tráfico negreiro fez representadas no Pais. 0 termo tem servido para circunscrever os traços diacríticos através dos quais se revela um mundo caracterizado por um notável conjunto de elementos comuns. Tem servido, além disso, paia hierarquizar esse universo em termos da maior ou menor “pureza” atribuída a cada “nação” em virtude de uma suposta fidelidade e autenticidade litúrgicas.
Najé – Prato feito com argila
NÀNÁ – Divindade das águas primordiais, dos pântanos e brejos. Daí associada quer ao limo fertilizante e a vida, quer a putrefação e a morte. Considerada mãe de Omolú é sincretizada com Sant’Ana. Suas cores são o vermelho, o branco e o azul que exibe em seus colares. Sua insígnia é o Ibiri – artefato confeccionado com a nervura central das folhas do dendezeiro, de ápice recurvo como um báculo. Seu dia é sábado. Saudação – “Sálùba”
Nba – juntar-se
Nfe – amar
Ni – dizer, ser, alguém, aquele, depende do contexto
Ní – Ter
Ni Àárò – De manhã
Níbi – No lugar
Nígbàtí – quando
Nikan – sozinho
Níle – em casa
Nínú – dentro
Nipa – Sobre
Nipon – Grosso.
Nítorí – Por que
Nítorípè – Porque
Nje – bem
Njo – dançar
Nko – não
Nlá – grande
Nlo – indo
Nmu – bebendo
NOZ-DE-COLA – vd. Obì
Nrin – caminhando
Nro – pensando
Nu – Sumir
Nyín – você

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