Thelema

Do grego θέλημα: Vontade, a partir do verbo θέλω: desejar, ter um propósito.


Liber AL vel Legis, o Livro da Lei .Thelema é a filosofia ou religião - dependendo do ponto de vista - baseada nos dois preceitos fundamentais da chamada Lei de Thelema:

"Faze o que tu queres será o todo da Lei."[1]
"Amor é a lei, amor sob vontade."
Estes foram apresentados ao mundo, desta forma, no Livro da Lei (Liber AL vel Legis), escrito por Aleister Crowley nos dias 8 a 10 de abril de 1904. Seus adeptos são chamados de "thelemitas".

Crowley desenvolveu o sistema thelemico a partir de uma série de experiências metafísicas experimentadas por ele e sua então esposa, Rose Edith Kelly Crowley, no início de 1904. A partir dessas experiências ele argumentava ter sido contactado por uma inteligência não-corpórea denominada Aiwass (a quem identificou mais tarde como seu Sagrado Anjo Guardião), a qual ditou a ele, entre o meio-dia e as 13 horas dos dias 8, 9 e 10 de abril daquele ano, o Livro da Lei (Liber AL vel Legis). Sabe-se, além disso, que pensadores anteriores a Crowley apresentaram traços da cosmovisão e sistema contidos no livro, de modo que o conhecimento thelêmico, embora coroado pelo Liber AL, não se restringe a ele.

O livro contém tanto a frase "Faze o que tu queres será o todo da Lei" quanto o termo θέλημα, o qual Crowley tomou como nome do sistema filosófico, místico e religioso que veio a se desenvolver a partir do texto daquele livro, considerado como sagrado pelos thelemitas (aqueles que seguem a filosofia ou religião de Thelema). O sistema thelemico inclui uma série de referências de magia, ocultismo, misticismo e religião, tanto ocidentais quanto orientais, tais como a Cabala e a Yoga. Segundo Crowley, Thelema representaria um novo sistema ético e filosófico para a humanidade, caracterizando um Novo Eon (nova era).

É comum que a Lei de Thelema seja compreendida, à primeira leitura, como uma licença para que se executem todos os desejos e caprichos que uma pessoa tenha, sem que haja responsabilidade ou consequências por seus atos. Contudo, esta filosofia prega justamente o oposto, partindo da idéia de que cada ser humano, por possuir livre arbítrio, é inteiramente responsável por sua existência e por suas ações, sem ser absolvido ou culpado por nenhum Deus ou Diabo no que tange o destino de sua própria vida. A liberdade de todo Homem e toda Mulher é, portanto, cultuada, uma vez que, como consta no Liber AL, "todo homem e toda mulher é uma estrela". O resultado disso é um profundo respeito a si próprio, à cada indivíduo e à cada forma de vida, como sendo expressões particulares do Divino.

Além disso, Thelema conclama cada um à descoberta e realização de sua Vontade (a inicial maiúscula sendo utilizada para diferenciar esta da vontade trivial, a expressão Verdadeira Vontade também sendo utilizada para tanto). Cada um de nós tem por obrigação descobrir e cumprir essa Verdadeira Vontade, deixando de lado todo capricho e distração que possa nos afastar deste objetivo máximo. Ao realizá-la, estamos nos integramos perfeitamente à nossa Natureza, que reflete a ordem do Universo. Portanto, realizar a Verdadeira Vontade é despertar para a Vontade do Universo.

Em Thelema, considera-se a Divindade como algo imanente: isto é, que vive dentro de tudo. Logo, conhecer sua Vontade mais íntima também é conhecer a Vontade de Deus. Esse processo de descoberta da Vontade além dos desejos do Ego constitui um método de realização espiritual baseado principalmente no autoconhecimento.
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