Pai Nosso
A oração Pai Nosso foi ensinada por Jesus aos discípulos. Por recomendação dos espíritos benfeitores ela está encabeçando a coletânea de preces espíritas que constam no capítulo XXVIII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, por ser o mais perfeito modelo de concisão, verdadeira obra-prima de sublimidade na simplicidade.
É também conhecida como Oração do Senhor ou Oração Dominical, porque os discípulos chamavam o Cristo de Senhor, que em latim é “dominus”. Analisemos, pois, essa bela e completa oração (esta é uma adaptação livre da oração, divulgada entre os espíritualistas e de autoria desconhecida):
Pai Nosso, que estás em toda a harmonia do Universo, santificado seja o teu nome.
Pai porque Ele é o Criador de todas as criaturas. É a inteligência suprema, a causa primária de todas as coisas. E, desde que nos coloquemos em sintonia com Ele, podemos sentir Sua presença em qualquer hora e lugar. Cego, portanto; é aquele que te não reconhece nas tuas obras, orgulhoso aquele que não te glorifica e ingrato aquele que te não rende graças.
Venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade, na Terra, no Espaço, e em todos os mundos habitados.
O Reino de Deus, ou seja, Suas leis de amor, eternas e imutáveis, estão escritas na consciência de cada ser. E, de acordo com a evolução espiritual, individual e coletiva, vai sendo cumprido nos diferentes mundos do Universo.
O Pão do Corpo e da alma dá-nos hoje, Senhor.
Rogamos pelo alimento material, pela preservação da vida física, e também pelo alimento do espírito, que é esclarecimento e consolo. Na medida do nosso esforço, necessidade e merecimento, temos a certeza de sermos atendidos. Pedi e obtereis; buscai e achareis.
Perdoa as nossas faltas e imperfeições, dá-nos o sublime sentimento do perdão para com aqueles que nos tem ofendido.
Perdão deve ser entendido como a maneira de nos reabilitarmos dos erros cometidos. E o recebemos na medida que proporcionamos aos nossos irmãos as oportunidades que pleiteamos à Justiça Divina.
Não nos deixe sucumbir às tentações da matéria, às ciladas dos espíritos mais imperfeitos que nós, mas envia-nos, Senhor, os bons para nos esclarecer.
Solicitamos força, determinação e coragem para resistir às sugestões dos espíritos ainda na ignorância, que se aproveitam de nossas más inclinações e vícios para nos influenciar. Rogamos, também, pela presença dos bons espíritos e do nosso espírito protetor, a fim de que nos inspirem no caminho do bem.
Que um raio de tua luz se derrame sobre toda a humanidade sofredora. Em nome de Deus, Cristo e a Caridade.
Suplicamos a Deus pelos que sofrem, a fim de que possam trilhar o caminho do amor e da caridade, exemplificados pelo Cristo. Somente pela prática da máxima “Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo” é que compreendemos e caminhamos rumo ao Pai.
Que assim seja!
Essa oração é uma síntese dos deveres para com Deus, consigo mesmo e com o próximo; é também um ato de adoração e submissão, quando pedimos o necessário à vida, em uma conversa com o Criador.
Seara Espírita, edição nº 67 de junho de 2004
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