UMBANDA - Uma religião Brasileira - Pai Juruá

UMBANDA - Uma religião Brasileira - Pai Juruá

Como muitos querem apregoar, a Umbanda não é africana e nem é oriunda de algum tipo de dissensão de irmãos desiludidos com o Kardecismo. A Umbanda não é um subproduto do Candomblé ou mesmo do Kardecismo.

A Umbanda é brasileiríssima, fundamentada, alicerçada e propagada na doutrina Cristã (a Umbanda é mais uma escola Cristã) e temperada com tudo o que é de positivo de outras religiões.A Umbanda já é mais do que a resultante do sincretismo progressivo; é muito mais. É um movimento edificante, produtor de magnetismo sadio de espíritos selecionados, cujas linhas, falanges e legiões trabalham incansavelmente em trabalhos de limpeza psíquica, despertando a todos os desorientados, viciados, desiludidos e doentes a luz redentora dos ensinamentos de Jesus. A Umbanda é como uma imensa cachoeira renovadora, a espargir luz onde toca, e seus trabalhadores não medem sacrifícios para atender aos ensinamentos de Jesus: “Fazei aos outros o que quereis que os outros vos façam”.

Antes da formalização da religião de Umbanda no Brasil, os Espíritos Superiores já bruxuleavam as manifestações de Guias Espirituais em várias seitas mediúnicas, utilizando as formas de apresentação arquetipica espiritual, já antecipando a implantação desse novo sistema religioso. Indiscutivelmente (pois existe documentação escrita e formalizada do inicio da Umbanda), a Umbanda foi formalizada no dia 16 de novembro de 1908, em Neves – Niterói, através da mediunidade de Zélio Fernandino de Morais, um garoto de 16 anos de idade.Como alguns podem apregoar que a Umbanda é de matiz Africana, ou mesmo afro-descendente?

Vejamos:• Antes de se ter conhecimento da Umbanda com formação religiosa, já existia as mesmas manifestações mediúnicas de Guias Espirituais, utilizando ritualísticas idênticas, mas com a denominação de Catimbó ou mesmo Culto da Jurema, que já eram cultos miscigenados de uma Pajelança deturpada como catolicismo. Portanto, a Umbanda é a Pajelança de nosso ancestrais miscigenadas com ritualísticas e doutrinas de outras religiões como estudaremos mais adiante.• O termo Umbanda foi anunciado pela primeira vez, em 1908, através da mediunidade de um menino de 16 anos (Zélio Fernandino de Morais) de formação católica. O que esse menino sabia de africanismo? O que esse menino entendia do Culto do Candomblé?•

A primeira manifestação mediúnica de um Guia Espiritual, utilizando o termo “Umbanda”, foi de um Caboclo, ou seja, na forma de apresentação de um silvícola.• Na mesma noite, 16 de novembro de 1908, apresentou-se através da mediunidade de Zélio, um Guia Espiritual, apresentando-se como Pai Antonio. Estava ai, a sacralização de um representante “africano” na Umbanda, mas, um representante africano cristão.•

A formação da Religião Umbanda, por determinação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, deu-se totalmente ao contrário do que apregoa as religiões de matizes africanas, ou seja: Não haveria matanças – não haveria bater de tambores (atabaques) – não haveria cobranças – não haveria saias e nem capacetes de penas – o desenvolvimento do médium seria a par de uma Evangelização contumaz.• Segundo estudos efetuados pelo antropólogo da USP, Sr. Reginal Prandi que apresentaremos logo a seguir, o Candomblé migrou para o sudeste/sul, na década de 1930.

A Umbanda já existia desde 1908. Como pode então a Umbanda ter vindo do Candomblé?Portanto, somente com estes dados, poderemos confirmar que a Umbanda é brasileiríssima, mas é uma Religião formada pelo pluralismo religioso, ou seja, a mais eclética de todas, pois aceita em seus postulados, tudo o que for de bom que existe em outras religiões, sejam eles de onde forem.Os que dizem que Umbanda é de matiz Africana, não encontram base alguma para tal dissertativa. Somente se apegam ao fato de que se os Umbandistas cultuam os Sagrados Orixás, pois apregoam que estes são de matizes Africanas, mas se esquecem que Orixás são Irradiações de Deus, e portanto, as irradiações de Deus não pertencem à nenhuma cultura terrena.

Os nomes dos Orixá são de origem africana, mas o que eles representam na realidade, não tem pátria e muito menos credo religioso. São as religiões que adotam os Sagrados Orixás como suas Hierarquias Superiores. Nós Umbandistas, adotamos essas Hierarquias, e aceitamos os nomes africanos dos Sagrados Orixás, pois não haveria razão de se criar outros nomes, pois os mesmos já se encontravam plantados em 378 anos de escravidão e tinha a aceitação de todos; mas temos toda uma teogonia própria explicativa do que sejam esses Orixás.

Lembre-se que são Hierarquias Superiores, cujos nomes foram dados pelos humanos; isso não quer dizer que essas Hierarquias tenham nascido ou sido criados em solo africano.Somos sabedores que as Hierarquias Superiores sempre estiveram presentes na Terra, em diversas culturas e religiões, e nessas culturas foram dados nomes diferentes a Eles, mas as Hierarquias sempre foram e sempre serão as mesmas.Outros se apegam ao fato de que na maioria dos Templos Umbandistas, utiliza-se de elementos pertencentes ao Candomblé, como atabaques, agogôs, ganzás, saias rendadas e algumas ritualísticas e liturgias, que se forem bem analisadas, fogem às orientações dadas pelo iniciador da Religião de Umbanda, o Sr Caboclo das Sete Encruzilhadas.

Pela ignorância cultural de muitos sacerdotes, alguns apetrechos e ritualísticas pertencentes ao Candomblé foram praticamente “empurrados” para a Umbanda, a pecha de tradição, o que sabemos não ser verdade. Infelizmente, hoje ainda, fez-se presente dentro da Umbanda, apetrechos, ritualísticas, liturgias e outras coisinhas mais, pertencentes a outras religiões, e sabemos que não tem nada há ver com a doutrina Umbandista.

Ainda existe outro fator preponderante, onde dentro da maioria dos Templos Umbandistas, ainda se faz uso de certas saudações e termos em Yorubá, sendo que sabemos que a grande maioria dos sacerdotes Umbandistas nem sabem ao certo o que quer dizer. Dizem que é tradição (sei lá de onde) por que sempre ouviram outros dizerem. Temos que abolir tais práticas por não fazerem parte efetiva da nossa doutrina. Este é mais um “pezinho” para muitos dizerem que a Umbanda é de matiz Africana.

Chegamos a algumas conclusões:• A Umbanda, embora ainda, sem doutrina própria, chama a si todas as doutrinas evolucionistas que proclamam o amor universal, a imortalidade da alma, a vida futura e a reencarnação, consagrando-se como uma verdadeira religião de caráter nacional.• A Umbanda é uma religião brasileira em suas origens, nascida, fundamentada e propagada em solo brasileiro, alicerçada em tudo o que é positivo de todas as religiões planetárias existentes e não mais existentes.

Como prática religiosa, surgiu e se desenvolve no Brasil. Do catolicismo absorveu a crença em Jesus, nos Santos e Anjos; do espiritismo, a fenomenologia mediúnica calcada em experimentos científicos. Dos cultos africanos, absorveu os Sagrados Orixás, a temática de oferendas, despachos e algum tipo de oráculo. Dos cultos indígenas, a Pajelança, o uso das ervas e do fumo, o respeito a Terra e tudo o que ela possui e, finalmente, do ocultismo e orientalismo toda a gama de informações sobre o mundo oculto, mantrans, concentração, meditação, etc.•

Não podemos dizer que a Umbanda é tão somente Africana ou Indígena, ou mesmo uma ramificação destas, mas sim, ela é a mais eclética das religiões, pois tem em sua doutrina elementos do Budismo, Hinduísmo, Confucionismo, Taoísmo, Islamismo, Evangelismo, Espiritismo, Messianismo, Catolicismo, Ocultismo, Zoroastrismo, Teosofismo, Cristianismo, Africanismo, Indígenismo, Catimbó, etc., enfim, bem brasileira. Mas, acima de tudo, encimada, dirigida e fundamentada em Nosso Senhor Jesus Cristo, o Mestre Supremo, ordenador e articulador da Umbanda e toda a sua Doutrina.

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